Leia essa semana:

Parashá em PDF

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Introdução

Resumo da Parashá

Mensagem da Parashá

O Rei, o Camponês e o Rouxinol

Haftará

Providência Divina

Pirkei Avot

Agrado Verdadeiro

Histórias Chassídicas

Tudo é aceitável

Cozinha Casher

Pão de Ló

Palavras do Rebe

Com quem se conectar?

Inscrição Parashat HaShavua

  

 

 

Res

A Parashat HaShavua (porção da leitura da Tora desta semana) é chamada de “Behar-Bechukotai – No Monte (de Sinai) - Nos Meus Estatutos”. Esta porção é chamada de forma especial: Parashat Mechuberet (Porção Unida).

A primeira Parashá, Behar, concentra-se principalmente nas mitzvot referentes à terra de Israel, começando com a ordem de cumprir a Shemitá. Aqui nos é ensinado a proibição sobre o cultivo agrícola, a cada sete anos, da Terra de Israel. Esse "Shabat" da terra é chamado Shemitá (5761 foi ano de Shemitá em Israel).

Após a sétima Shemitá, no qüinquagésimo ano, Yovel (Jubileu), é anunciado em Yom Kipur com os sons do shofar. Então a parashá fala sobre os servos: todo servo deve ser liberado totalmente; assim como toda a terra deve voltar a seu dono original, excedido as posses nas cidades muradas e as cidades dos Leviím..

A parashá ainda relaciona as mitzvot pertencentes a um Judeu ser proibido de tirar vantagem de outros Judeus, seja emprestando ou pedindo emprestado, através do pagamento de juros. Os parentes devem redimir qualquer membro familiar que tenha sido vendido como servo devido a sua pobreza.

A porção conclui repetindo a proibição de idolatria, e as mitzvot de guardar o Shabat da profanação e reverenciar os locais santificados de D'us.

A segunda Parashá, Bechukotai, a última porção da Torá do Chumash Vaikra (livro de levítico), começa relacionando brevemente algumas das bênçãos e recompensas que o povo judeu receberá por seguir diligentemente a Torá e por cumprir as mitzvot.

A porção então muda para o assunto que a tornou “famosa” - a tochachá, a severa admoestação de D'us. Aqui a Torá detalha o severo processo histórico que ocorre quando a Proteção Divina é removida, devido a o Povo Judeu ter abandonado a observância da Torá e mitzvot. Essas punições, cujo objetivo é fazer com que o Povo se arrependa, será em sete estágios, cada um mais rigoroso do que o anterior. Passo a passo, a Torá descreve as tragédias que acontecerão ao povo judeu, fornecendo uma lúgubre descrição daquilo que foi nossa história até este dia.

A porção então prossegue e fala sobre a santificação dos presentes voluntários ao Templo Sagrado, Erachin (Avaliações)- o processo através do qual alguém pode fazer juramento para doar ao Beit HaMikdash o valor monetário equivalente a uma pessoa, animal ou propriedade e como redimi-los.

O Livro de Vaikra conclui com uma breve discussão sobre os dízimos, ma’asser, incluindo uma porção que o fazendeiro deve ele próprio consumir dentro da cidade de Jerusalém, chamada ma'asser sheni.

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Men

O Rei, o Camponês e o Rouxinol

Conta-se a história de um rei que certa vez decidiu recompensar um camponês que lhe prestara um grande serviço. "Devo dar-lhe um saco de ouro? Uma bolsa de pérolas?" pensou o rei. "Porém estes praticamente nada representam para mim. Desejo, ao menos uma vez, dar realmente alguma coisa - algo de que sentirei falta, um presente que constitua um sacrifício para mim."

Ora, este rei possuía um rouxinol que entoava a mais doce das melodias que um ouvido humano jamais escutara. Ele considerava o rouxinol como um tesouro acima de todas suas posses, e literalmente considerava a vida insuportável sem ele. Portanto, mandou chamar o campônio ao palácio e deu-lhe o pássaro. "Isso" - disse o rei - "é como retribuição à sua lealdade e devoção."

"Obrigado, Majestade" - disse o camponês - e levou o presente real para sua casinha humilde.

Dias depois, o rei estava passando pela aldeia do camponês e ordenou ao cocheiro que parasse à porta da casa do homem. "Que tal, está apreciando meu presente?" perguntou ao seu querido súdito.

"Para dizer a verdade, Majestade" - disse o campônio - "a carne da ave estava um pouquinho dura - quase intragável, de fato. Mas eu a cozinhei com bastantes batatas, e até que o cozido ficou com um gostinho bom."


No decorrer de toda a Torá, encontramos descrições das recompensas materiais que D'us promete àqueles que aderem a Seus mandamentos. Uma ilustração disso é o capítulo de abertura da leitura da Torá de Bechukotai (Vaikra 26:3-13): "Se caminhares em Meus estatutos, e cumprires Meus mandamentos; Eu te darei chuva na hora certa, a terra produzirá, e as árvores do campo darão muitos frutos..." E assim por diante, sobre as bênçãos no campo e bênçãos no lar, rebanho fértil, boa saúde e paz na terra.

Muitos eruditos e sábios ponderam sobre esta ênfase em recompensa material para o cumprimento das mitzvot. Se D'us considera necessário recompensar uma vida justa, não seriam as bênçãos espirituais, concedidas à alma depois que esta se libertou das amarras e limitações do corpo, mais apropriadamente retribuírem uma vida Divina?

Porém os mestres chassídicos afirmam: A vida física é o mais Divino de todos os dons. Dependendo, evidentemente, daquilo que fazemos com ela.

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Haf

A leitura da Torá desta semana enumera bênçãos que recebemos ao cumprir as mitzvot, e punições se as negligenciamos. De forma semelhante, na Haftará, Iermiahu nos alerta sobre que acontecerá se o Povo Judeu continuar praticando idolatria, não acreditando em D’us e confiando cegamente em seres humanos.

As palavras de Iermiahu ecoam nos corredores da história. Desde o momento do pacto irreversível entre D’us e Avraham, a sobrevivência do Povo Judeu é um imperativo natural, não menos que o pôr do sol, ou movimento das ondas do mar.

A palavra hebraica para sagrado é kadosh, que quer dizer 'separado.' A essência do sagrado é a separação entre o sagrado e o profano.

Quando o Povo Judeu esquece que seu propósito é ser uma nação sagrada, separada das demais, então o mundo gentio se move em nossa direção, nos lembrando qual é nosso objetivo.

Providência Divina

"Bendito é o homem que confia em D’us, pois D’us será sua ajuda" (Iermiahu, 17:7)

Quando alguém confia em D’us, até que seja muito difícil para ele fazê-lo, lhe é dada ajuda desde os Céus para que alcance a confiança completa e perfeita.

Assim também, se alguém vai tomar a iniciativa de ser “o homem que confia em D’us”, ele terá o mérito de que D’us o escolha para dar-lhe Sua confiança. 

Shir Maon

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Agrado Verdadeiro

"Quem encontra agrado nos outros, encontra agrado em D’us"   (Rabi Chanina ben Dossa )

Esse conceito de "Vox Populi Vox Dei", diz Tossafot Yom Tov, tem uma base nas palavras de Hashem para o profeta Yechezkiel (Yechezkiel 36:27): "Eu colocarei meu espírito entre vocês". Esse espírito da população é reflexão do espírito de seu Criador.

Mas, ele menciona, você não tem que agradar a todos. Rabi Chanina não insistiu em encontrar graça em todos. Por isso Meguilat Esther conclui nos informando que Mordechai encontrou graça na "maioria de seus irmãos", mas não em todos eles.

Tiferet Israel

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Coz

 

 

 

Ingredientes

6 colheres de sopa de farinha de trigo;

7 colheres de sopa de açúcar;

6 ovos;

1 colher de chá cheia pó Royal.

Preparo

Bata em um prato, a gema com o açúcar até ficar bem desmanchado. Em uma tigela bate-se às claras em neve. A seguir junte as gemas com o açúcar na tigela que contém as claras em neve. Bata bem. Em seguida junte o pó Royal a farinha de trigo, colher por colher, sem bater misturando com um garfo a massa. Depois coloque numa forma, de canudo no meio, untada de manteiga e polvilhada com farinha de trigo. Leve ao forno. Só retirar quando espetando um palito na massa, ele sair sequinho.

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His

 

Tudo é aceitável

"...para não cumprir Meus mandamentos, para que você anule Meu pacto" (Vaikra, 26:15)

O Talmud (Sanhedrin 63b) explica a razão do Povo Judeu querer anular o pacto com Deus: "Israel sabia que servir a ídolos não faz sentido, eles só fizeram isso para permitir imoralidade pública".

É implícito nessa observação que se o povo quisesse praticar imoralidade privada, eles nunca teriam cometido idolatria. Portanto, podemos perguntar: Porque não cometeram imoralidade privada, sem servir a ídolos?

E também, porque era tão grande o desejo de imoralidade pública? O que era tão atrativo na imoralidade pública que os levou a idolatria ainda que soubessem que eles não eram nada mais do que “bonecas infantis”?

A resposta é que em imoralidade privada, o fato de ser cometida secretamente teria indicado que estavam fazendo algo errado, algo de que deveriam ter vergonha. E isso, necessariamente, os levaria a sentimentos subconscientes de culpa.

Então, para prevenir tais sentimentos, eles queriam ser licenciosos publicamente para demonstrar que não estavam fazendo nada errado. Porém, isso os levaria a serem criticados por outros. Dessa forma, eles pensariam duas vezes sobre o que estavam fazendo. Conseqüentemente eles se arrependeriam, ou pelo menos no subconsciente sentiriam culpa, o que tiraria a "diversão" da imoralidade.

Para prevenir isso, eles serviram ídolos, fazendo uma filosofia e cultura da imoralidade. Uma cultura que dizia que não somente é aceitável ser imoral, mas até poderiam publicar livros e mensagens na mídia dessa "Nova Moralidade". "Não somos dominados por instintos básicos, e sim liberados". Assim eles podiam se imunizar contra sentimentos de culpa.

É interessante observar nisso ambas a grandeza e a insignificância humana. Sua insignificância, no fato de para assegurar seus prazeres físicos e banir culpa subconsciente ele está preparado para fazer idolatria, ainda que saiba que isso é brincadeira. Sua grandeza é revelada, pois ainda que esteja preparado para ceder a imoralidade, ele ainda é sensível aos seus sentimentos de culpa ao pecar privadamente. Ele sabe que se for honestamente criticado, ele mudará e se arrependerá.

 Chidushei HaLev

 

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Rebe

 

 

Com quem se conectar?

"Pois ele [o povo judeu] são meus servos, a quem Eu tirei da terra do Egito - não podem ser vendidos como escravos." (Vaikra, 25:42)

O mikvê (casa de banhos rituais) em Primishlan, cidade de Rabi Meir Primishlaner, estava localizado ao pé de uma ladeira íngreme. Mesmo com as melhores condições, era uma descida precária até a casa de banhos e uma subida e tanto até a cidade. Porém durante os meses de inverno, quando a colina estava coberta de gelo, a escarpa era intransitável, e mesmo o mais ousado e ágil dos jovens eram forçados a desistir depois dos primeiros passos. Desde a primeira nevasca até o degelo da primavera, os aldeões eram forçados a fazer uma rota alternativa que dava uma longa volta até o micvê.

Todos menos um. O idoso Rebe de Primishlan descia a encosta escorregadia todas as manhãs para imergir antes de rezar. Empertigado como um caniço, sem falhas seguia seu caminho até a casa de banhos e depois voltava.

Certo dia, dois jovens céticos empreenderam a caminhada, para provar que nada havia de extraordinário sobre a jornada diária de Rabi Meir. Porém, sua tentativa falhou vergonhosamente: machucados e ensangüentados, e com meia dúzia de ossos quebrados entre os dois, não foram a lugar algum pelas próximas semanas.

Mais tarde, um deles perguntou a Rabi Meir: "Como o senhor consegue ir até lá?" Respondeu o Primishlaner: "Quando alguém está conectado com o alto, não cai facilmente. Meir está conectado lá em cima, portanto não cai para baixo."

 


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