Leia essa semana:

Parashá em PDF

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Introdução

Resumo da Parashá

Mensagem da Parashá

Que construção

Haftará

Binyan Beit HaBechirah

Histórias Chassídicas

Alegria dos noivos.

Cozinha Casher

Creplach

Palavras do Rebe

Os móveis eram divinos

Inscrição Parashat HaShavua

  

 

 

Res

A parashá Terumá inicia uma série de quatro das cinco porções que discutem em detalhes a construção do Mishkan, o Tabernáculo móvel que servia de "local de repouso" para a presença de D’us (a Shechiná) dentre o povo judeu.

A porção completa da semana relata a descrição de D'us a Moshe sobre como construir o Mishkan, começando com uma lista dos vários materiais preciosos a serem coletados dentre o Bnei Israel (Povo Judeu), tais como: metais preciosos, tecidos, pele, óleos e especiarias.

D'us descreve a magnífica Arca de madeira e ouro que abrigaria as tábuas com os Dez Mandamentos, completa com sua cobertura deslumbrante representando dois querubins (anjos com rosto de crianças) um de frente para o outro. Em seguida, D'us entrega a Moshe as plantas do Shulchan (mesa sagrada) sobre a qual os Lechem Hapanim (Pães da Proposição) serão colocados a cada semana.

Seguindo-se à descrição da Menorá de ouro puro que deveria ser feita de uma única peça de ouro, D'us descreve a estrutura do próprio Mishkan, detalhando a cobertura esplendidamente tecida e bordada, as cortinas, as divisões e as paredes externas móveis. A Porção da Tora conclui com as instruções para o altar de cobre e o grande pátio externo do Mishkan.

E como era a distribuição dos utensílios no Mishkan?

1. Pátio Exterior: ficava um altar para oferecimentos queimados e vasilhas para lavagem.

2. Tenda de Encontro (Ohel Moed): era dividida em duas partes, através de cortinas. A exterior só é acessível a Cohanim, os descendentes de Aharon. Nela estão os pães rituais, a Menorá e o Altar Sagrado para incensos (mizbeach haktoret). Na câmara interior - o Sagrado dos Sagrados (kodesh hakadashim) - só podendo entrar o Cohen Gadol [Sumo Sacerdote] uma vez ao ano, em Yom Kipur. Nele estão a Arca com os primeiros e segundos Dez Mandamentos e o Sefer Torá que Moshe escreveu para o Povo judeu, tendo dado uma cópia para cada tribo.

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Men

Que construção?

A Porção da Tora desta semana nos introduz ao sagrado Mishkan. A maior parte desta Porção contém descrições detalhadas dos muitos utensílios usados. Dessa maneira, D'us dedica vários versículos a cada componente, descrevendo suas medidas exatas e o aspecto, para que Moshe entendesse exatamente como construir cada utensílio. Tal Porção da Tora, que parece conter apenas uma lista dos diversos objetos, poderia ter uma aparência um tanto monótona. Entretanto, logo no início nos defrontamos com uma estranha discrepância.

No início da explicação da Arca Sagrada, D'us ordena a Moshe: "Eles construirão a Arca" (Êxodo, 25:10), usando a forma plural, como se falando a um grupo de pessoas que participarão na construção das várias partes do Mishkan. Certamente poder-se-ia esperar que a descrição de cada um dos numerosos itens seguisse uma estrutura gramatical semelhante. Entretanto, este não é o caso. Na verdade, a Arca é a única vez onde encontramos o uso da forma plural; todos os outros itens da descrição são precedidos pela ordem no singular "Tu construirás," parecendo indicar que uma única pessoa estaria envolvida na edificação do Mishkan. Como resolver esta contradição? Quem era de fato responsável pela sua real construção?

Antes que tentemos resolver nosso problema, primeiro devemos preceder nossas observações com um importante princípio. Os comentaristas explicam que os muitos utensílios e as vestimentas dos Cohanim do Mishkan não eram escolhidos ao acaso. Ao contrário, cada um dos vários componentes representava uma faceta do Judaísmo e do povo judeu. Dessa maneira, cada utensílio e sua descrição continham numerosas mensagens e temas subjacentes para a nação judaica. A Arca Sagrada, explicaram os comentaristas mais tarde, corresponde à Tora e seu estudo; isso não é surpresa, pois a Arca continha o verdadeiro Rolo da Tora e as Tábuas dos Dez Mandamentos entregues diretamente a Moshe por D'us. Portanto, a descrição da Arca deveria nos fornecer alguma percepção sobre a natureza da Tora e seu estudo.

Neste estilo, o Ramban procura esclarecer a discrepância gramatical acima apresentada. A respeito de qualquer projeto ou empreendimento meritórios assumidos em nome do Judaísmo, a pessoa pode-se considerar um parceiro simplesmente por contribuir com dinheiro e outros recursos para ajudar outras pessoas a completarem o projeto. Por este motivo, a respeito de todos os outros utensílios do Mishkan, a Tora dirige sua ordem somente a Moshe, pois o povo judeu já fizera sua parte ao contribuir com a matéria prima para o fundo de construção. Agora Moshe deve continuar o trabalho realmente construindo os utensílios.

Entretanto, este não é o caso quando se trata do estudo de Tora. Portanto, a ordem de construir a Arca, que como já foi mencionado antes representa a Tora e seu estudo, é dirigida não apenas a Moshe, mas a todo o povo judeu. D'us deseja indicar que embora o povo tenha contribuído com prata e ouro, deve apesar disso participar da real construção da Arca Sagrada - e, por extensão, do estudo de Tora.

É claro que quem doou os recursos pelo mérito do estudo da Tora deve ser grandemente louvado e parabenizado. Entretanto, ao mesmo tempo, deve entender que não pode simplesmente sentar-se de lado e permitir que outros sozinhos estudem a Tora. Todos devemos participar neste empreendimento. Também não devemos pensar que a Tora é um livro fechado, reservado para eruditos e mentes brilhantes. A Tora pode ser estudada em muitos níveis diferentes e de vários ângulos, de forma que cada indivíduo pode abordá-la segundo seu próprio nível. Do amador ao grande erudito, a pessoa só tem a ganhar estudando-a.

A Tora é eterna e lá está para que a estudemos a qualquer tempo - e agora é o tempo de abri-la e vermos os tesouros que contém.

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Haf

"Binyan Beit HaBechirah" – A construção da Casa Escolhida

O Maimonides, o grande Sábio do 12º Séc. da era comum, escreveu em sua obra máxima, o Mishne Torá, em “Halachot Melachim” (leis de Reis), no capitulo 1, lei 1: “O povo Judeu foi comandado a fazer três coisas quando entrasse na terra de Israel: apontar um Rei, como está escrito: ‘colocarás sobre vocês um rei...’ (Devarim 17:15), destruir a semente de Amalek, como está escrito: ‘...apague a memória de Amalek debaixo dos céus..’ (Devarim 25:19) e construir a Casa Escolhida pó D’us, conforme está escrito em conexão com abandonar os lugares de idolatria e voltar-se para o Templo para adorar a D’us em Jerusalém, ‘Procure o lugar que (ele escolheu como) Sua “casa” e vá lá.’ (Devarim 12:5)

Tema

Nossa Parashá possui um tema duplo:

Em sua primeira parte, está o Grande Plano de construção do "Beit HaMikdash HaRishon",o primeiro Templo Sagrado, que seria locado de forma permanente em Jerusalém!

Na segunda parte, está a advertência de D’us ao Melech Shlomo (Rei Salomão), o que já podemos vislumbrar como prelúdio das futuras destruições: que esse Templo apesar de toda a sua magnificência, estaria permitido permanecer de pé se e somente se os Reis de Israel guiarem o povo na observância das mitzvot da Torá!

Rabi Pinchas Frankel

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Coz

 

Ingredientes da massa

1 ¾ xícara de farinha de trigo

2 ovos

½ colher (chá) de sal

3 colheres (sopa) de óleo

Preparo

Dissolve-se o açúcar no sumo das laranjas.

Batem-se 12 gemas e 5 claras e juntam-se ao açúcar.

Passa-se tudo por uma peneira e leva-se ao forno em forma untada com margarina.

Massa

Misture os ingredientes numa vasilha grande. Trabalhe a massa com as mãos e em seguida abra-a sobre uma superfície polvilhada. Com farinha de trigo. Corte a massa em círculos ou quadrados de uns 8 centímetros

Recheio

Numa travessa menor, misture bem os ingredientes do recheio. Veja as instruções de como rechear e dobrar a massa nas ilustrações abaixo nos formatos redondo ou quadrado.  

                            

Final

Os Creplach podem ser cozidos na sopa ou fritos em óleo. Para cozinhar: coloque-os em água salgada fervente e cozinhe durante 20 minutos até flutuar. Para fritar: aqueça uma frigideira com óleo e frite dos dois lados, até dourar.

 

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His

 

A alegria dos noivos

"Que (os israelitas) tomem para Mim oferendas (Shemot, 25:2)

Há vezes em que dar é como receber. Quando um homem se casa com uma mulher, ele deve entregar algum objeto de valor. Em geral se usa um anel para cumprir com esse propósito. A exceção à regra se faz quando o noivo é uma personalidade importante, que normalmente não recebe presentes. Se a noiva lhe entregar o anel a ele, o casamento terá validez, pois ela receberia o prazer de que ele aceite o presente, e isso é como se em verdade ele tivesse dado e ela recebido.

"Que os israelitas Me façam oferendas". Para dizer a verdade, pareceria que a Tora deveria haver dito: "Que os israelitas Me dêem uma oferenda". Porém, o fato de que D’us aceita nossas oferendas nos causa mais prazer que o valor do que entregamos a D’us, pelo que, em realidade, somos nós mesmos os que em verdade recebemos.                                

Adaptado do Alshich em Kehilat Itzchak

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Rebe

 

 

Os móveis Eram Divinos

"Eles deverão construir uma arca..."   (Shemot, 25:10)

No deserto do reino de Muktar, as coisas mudaram após o descobrimento de petróleo.

O sheik, ansioso para beneficiar seu povo e para aumentar seu prestígio, construiu hotéis, palácios e aeroportos. Eles tinham tudo. Tudo, com exceção de água. O único líquido que era abundante em Muktar era preto e viscoso. Poderia ter sido ouro preto - mas não era potável.

Alguns até consideraram transportar um iceberg da Antártica! Não conseguiam encontrar uma solução.

O sheik decidiu ir para  a América, pois a América era um país aonde existiam soluções para pessoas que nem sabiam que tinham problemas.

O sheik ficou no Waldorf Astoria por uma semana. Quando chegou a hora de partir, ele pediu para que transportassem sua bagagem. Quando o porteiro entrou ele se surpreendeu ao abrir a porta da suite do sheik. Ele viu um enorme caixote. Era imenso e ele não podia move-lo sozinho.

Finalmente seis homens o transportaram para o Aeroporto. Certamente, a segurança resolveu inspeciona-lo.

"Bom dia, Senhor. o que o Senhor tem nesse caixote?"

"Oh, nada, apenas alguns presentes para meu pessoal".

"Sim, o Senhor poderia por favor abri-lo?"

Quando ele abriu a tampa, o segurança não conseguiu acreditar... Diferentes tipos de torneiras, de aço inoxidável, bronze, modernas, antigas. Nada além de bicas e mais torneiras.

"Inspetor, sabe no meu país não temos água. No meu primeiro dia neste país, eu fui para a cozinha e abri uma dessas coisas. Milagre! Água começou a sair... Agora, estou levando para meu povo essa invenção brilhante. Vocês ocidentais sabem uma ou duas coisa, tenho que admitir!"

D’us ordenou a Moshe para dizer a Betzalel: "Eles devem construir para mim um Mishkan (Santuário), uma arca, e kelim (Partes do Santuário)". Quando Moshe falou com Betzalel, ele utilizou a ordem reversa e disse para que construa uma arca, kelim e Mishkan.

Betzalel respondeu: "Moshe, nosso mestre, a forma em geral utilizada é que a pessoa constroi uma casa e depois procura móveis. Você está me dizendo para construir as partes antes. o que devo fazer com elas?"

Porque Moshe mudou a ordem?

Moshe não estava dando para Betzalel instruções sobre a construção. Ele não estava falando como um arquiteto fala com o construtor. Moshe estava conceitualizando - estressando a essência e propósito do Mishkan.

A guemará ainda nos trás que o aron (ármario da Tora) era a parte central do Mishkan. A palavra aron vem da raiz hebraica que significa "luz", ohr. O aron era a luz do Mishkan, pois continha a Tora Sagrada, que é a luz do mundo. Sem ele, o Santuário teria sido apenas um recipiente, torneira seca - sem a água viva da Tora Sagrada.


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