Leia essa semana:

Parashá em PDF

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Introdução

Resumo da Parashá

Mensagem da Parashá

Bikurim

Haftará

Reencarnações

Pirkei Avot Cordialidade

Histórias Chassídicas

Amor, Primícias e Shabat

Cozinha Casher

Chalá Redonda

Palavras do Rebe

18 de Elul

Inscrição Parashat HaShavua

  

 

 

Res

A Parashá (porção da leitura da Torá) desta semana é chamada de “Ki Tavo – Quando Tu Vieres”. Em nossa última porção tratamos de muitas mitzvot, entre elas casamentos, divórcios, tzitzit, lashon hará, crueldade com animais, etc  Nesta semana, Moshe concluirá com as últimas mitzvot ordenadas por D’us e admoestará o povo para seguir o caminho da Torá, lhes ensinando a discernir o bem que lhes cabe. Vejamos como isto acontece:

Imediatamente após o Povo Judeu conquistar a Terra de Israel, cada um teria a mitzvá de bikurim, as primícias dos ‘7 frutos’...

Essa mitzvá trazia o dono da plantação até o Templo, normalmente na época entre Shavuot e Sucot. Ele vinha com cestas dos frutos e com um touro – que vinha adornado e que seria ofertado para Korban Shelamim – e também geralmente com sua família.

A cerimônia era realizada com tenufá – consagração através de movimentos nas “7 direções” – e após pelo recitar do texto que se encontra na parashá, Deut. 26:3,5-10. Em geral se pernoitava em Jerusalém e depois e retornava a sua casa.

Na continuação, os casos de Masser Rishon, Sheni e Ani são lembrados e é feito lembrar também sobre o Vidui Masser, para aqueles que esqueceram de separá-los.

Em seguida, Moshe inicia com a última mitzvá comandada por D’us – a entrada na Terra de Israel: as 12 pedras imensas que seriam retiradas do leito do Rio Jordão e que seriam entalhadas, com a Torá nas 70 línguas básicas do mundo, e calcinadas.

Então, elas seriam levadas até os montes Guerizim e Eival, em Schechem, para o último pacto do Povo com D’us, sobre a Torá. Logo depois, elas deveriam ser levadas de volta até Guilgal, local de entrada do povo na terra de Israel.

As 11 bênçãos que D’us comandou são mencionadas com o acréscimo da 12ª – por pedido de Moshe e aprovação de D’us e que incluía todas as outras – e também como o Povo deveria se colocar para está cerimônia importante.

Moshe pede a D’us e recebe inspiração para mais uma última vez advertir ao Povo Judeu sobre as conseqüências de se afastar da Torá – Tochachá, e todas as conseqüências que adviriam. Este é o início do último discurso de Moshe ao nosso Povo.

Na continuação, Moshe relembra a grande bondade e gratidão que devemos a D’us por todos os milagres que nos fez.

Não perca na próxima semana, Moshe continuará seu discurso de despedida.

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Men

Bikurim

A porção desta semana da Torá, Ki Tavo, começa com o mandamento de bikurim – primeiros frutos. "Tu os colocarás em um cesto… e o sacerdote tirará o cesto de tua mão".

Uma olhada mais cuidadosa nas leis de bikurim, revela que a apresentação do cesto (geralmente feito de vime) ao Cohen (sacerdote) era parte integrante do mandamento.

Curiosamente, enquanto os frutos trazidos eram o que havia de melhor – somente selecionados das 7 variedades pelas quais a terra de Israel é enaltecida, i.e.: trigo, cevada, uva, romã, figo, azeitona e tâmara – porém o cesto utilizado era feito de um material comum. Esta aparente “contradição” no mandamento do bikurim nos traz uma lição: ela contém uma alusão à descida da alma das mais altas esferas e sua encarnação num corpo físico aqui embaixo.

Os frutos do bikurim são equivalentes simbólicos à alma; o cesto é o corpo físico. Entregar o cesto ao sacerdote representa o propósito para o qual a alma fez esta drástica descida.

Em geral, os primeiros frutos são simbolicamente o povo judeu; mais especificamente, da alma Divina que existe Acima, totalmente transcendente em relação ao mundo físico. O plano de D’us, no entanto, é para que esta alma purificada seja revestida num corpo, um "recipiente" grosseiro e inferior que a contenha, por assim dizer.

E este recipiente torna difícil para a alma expressar sua conexão com D’us, até o ponto de obscurecer sua verdadeira missão nesse mundo. Mais uma vez, assim como no mandamento de bikurim, o "fruto" sagrado e superior está contido e até restrito nos confins de um simples e despretensioso "cesto".

Através da Chassidut podemos encontrar a seguinte razão para isso: “ieridá tzorech aliá”, i.e. a descida da alma para um corpo físico é "uma descida com o propósito de ascender". É precisamente por meio de sua permanência no plano físico, tendo de enfrentar as dificuldades deste mundo e superá-las, que a essência da alma é revelada e um nível mais elevado de espiritualidade é atingido – muito mais elevado do que jamais poderia ser atingido sem passar pela descida inicial.

E mais, em princípio pode-se dizer que "frutos" somente não é o suficiente, o objetivo da descida da alma é "frutos dentro de um cesto".

O crescimento da alma é conseguido através do cumprimento de mandamentos práticos, que somente podem ser feitos com a ajuda do "recipiente" – o corpo físico. Pois na verdade, a alma já estava repleta de amor e reverência por D’us antes de descer ao mundo material; a única mudança que experimenta ao se encontrar num corpo é que agora pode cumprir mandamentos físicos, algo que anteriormente lhe era impossível.

E dessa forma, a alma se torna capaz de elevar o mundo físico e transformá-lo em santidade – a intenção de toda a criação. E ao cumprirmos com esse objetivo inicial, propiciamos a Teshuvá das Hashpaot em Tohu para Tikun, propiciando a aproximação da redenção definitiva e de um doce e feliz novo ano!

Likutei Sichot, vol. 29

Shabat Shalom e Shaná Tová Tikatevú veTechatemú!

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Haf

No pirush (explicação) que o Avudraham elaborou a partir destas Haftarot, as "Shivá D'Nechemta", (Sete Haftarot de Consolo), entre D'us, seus profetas e o povo de Israel, nesta, a sexta das sete, é aquela que o tema central abordará o retorno do Povo de Israel do exílio no tempo de Mashiach.

Aqui, nenhum dos comentaristas faz nenhuma alusão ou discussão maior ao fato de ocorrer o “Techiat haMetim”, ressurreição dos mortos na época de Mashiach, pois, conforme enunciou Maimônides: “este é um dos treze princípios da fé judaica”.

Reencarnações

"E seu povo, eles são justos, eternamente deverão herdar a Terra, um ramo da Minha plantação..." (Isaias, 60:21)

As pessoas pensam que reencarnação é um conceito oriental. É verdade. Um conceito do Meio-Oriente. Um dos presentes do Judaísmo para o Oriente é a reencarnação. Se a pessoa não cumprir o caminho que D'us indica neste mundo, sua alma retornará até que ele corrija seus erros.

O verso acima alude á esses processo: "E seu povo, eles são justos".

Podemos perguntar: "Todos eles são justos?! Conheço muitas pessoa que estão longe de serem justas!" Na qual as próximas palavras do verso respondem: "um ramo da Minha plantação" - aqueles que não são justos terão que ser "replantados" muitas vezes até que suas boas ações finalmente se realizem. Até a pessoa menos justa retornará e retornará para este mundo até que eventualmente se torne nobre e virtuoso. 

Maharam Mizrachi em Mayana Shel Tora

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Cordialidade

"Se não há estudo de Torá, não pode haver tratamento correto as pessoas. Se não há um tratamento correto com as pessoas, não pode Haver estudo de Torá" - Rabi Elazar ben Azaria (Avot 3:17)

Se alguém fracassa em aprender Torá, sua forma de tratar com as pessoas não será a correta, porque não será consciente de suas responsabilidades.  Nossos Sábios, em Baba Kama 30a, explicam que se alguém deseja ser verdadeiramente reto, deve estudar a Guemará do Seder Nezikim que trata das responsabilidades do homem com seu próximo. Se, por outro lado, alguém não trata corretamente as outras pessoas, sua Torá será esquecida como castigo por causar Chilul Hashem (desecrar o nome de D’us), Yomá 86. E os Sábios ainda ensinam sobre tais indivíduos: "Que corruptas são as ações desta pessoa que estuda Torá". 

Tossafot Yom Tov

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Coz

 

 

Ingredientes

½ Kg de Farinha de Trigo

35 gr de Fermento em tablete dissolvido em água morna

50 gr de Margarina

100 ml de água quente

½ colher de chá de Sal

½ xícara de Açúcar

1 Ovo

Preparo

Bater a massa na batedeira por 10 minutos. Deixar crescer por 2 horas. Fazer um circulo completo e cheio com massa e colocar em tabuleiro untado com margarina. Deixar crescer por 2 horas. Pincelar com a seguinte mistura: 1 gema, ½ colher de sopa de óleo e 1 ½ colher de sopa de açúcar. Salpicar com gergelim ou semente de papoula e levar a assar. Esta receita rende 2 Chalot. Pode-se acrescentar frutas cristalizadas.

 

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His

 

Amor, Primícias e Shabat

A mitzvá de bikurim, as primícias, é um exemplo impressionante dos esforços que nós judeus fazemos para embelezar as mitzvot. Somente um profundo amor para a mitzvá poderia converter o mandamento de "trazer os primeiros frutos ao Beit Hamikdash" em um glorioso procedimento – uma procissão festiva até Ierushalaim, o recital das escrituras acompanhado de música, e a apresentação de cestas de frutos cuidadosamente arranjadas e decoradas para os cohanim.

E o Midrash nos conta que depois de ter cumprido a mitzvá de bikurim, uma voz celestial podia ser ouvida no Beit Hamikdash: "Que você tenha o mérito de trazer seus bikurim no próximo ano mais uma vez!"

Similarmente, nossos Sábios nos contam que dois anjos acompanham cada judeu da sinagoga para casa na noite de Shabat – um anjo misericordioso e um anjo severo. Se as velas de Shabat estão acesas, a mesa posta e a casa preparada para honrar o Shabat, o anjo bom clama: "Que seja vontade de D’us que no próximo Shabat seja a mesma coisa!" O anjo negativo vê-se obrigado a responder "Amen". Se, D’us nos livre, a casa não está preparada para o Shabat, o anjo negativo clama: "Espero que no Shabat que vem seja a mesma coisa!" E o anjo bom vê-se obrigado e responder "Amen".

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Rebe

 

 

18 de Elul

Hoje é o dia de nascimento do Baal Shem Tov e do Alter Rebe. A filosofia que o primeiro iniciou, o Chassidismo, nos trouxe, através da continuação do segundo, o Chassidismo Chabad. Na visão do Alter Rebe, as maldições não eram o desejo final de D’us. Ao contrário, D’us ama seu povo e quer regá-los com bênçãos. Estas maldições são somente superficiais, e ocultas dentro delas há bênçãos que o povo judeu eventualmente merecerá.

Segundo os ensinamentos de Chassidut, um exemplo de bênçãos ocultas pode ser achado no seguinte passuk: "Shorechá tavuach le’enêcha velô tochal mimênu, chamorechá gazul milefanêcha velô yashuv lach, tsonechá netunot leoyevêcha veên lechá moshía." – "Seus bois serão abatidos perante os seus olhos e não comerás dele, seu burro será roubado de ti e não retornará, seu rebanho será dado aos seus inimigos e não terás nenhum salvador" (Devarim, 28:31).

Porém, quando este passuk é lido de trás para frente, ele demonstra que realmente está ocultando muitas bênçãos:

"Moshía lechá ve’ên leoyevêcha"– "Ele ajudará a vocês e não aos seus inimigos"– "yashuv lach tsonechá netunot" – "o seu rebanho que foi dado para outros retornará para você"– "velô milefanêcha gazul Chamorêcha" – "Teu burro não será roubado de ti" – "mimênu tochal velô le’enêcha tavuach shorêcha"– "Você comerá dele e seu boi não será abatido perante os teus olhos".

 

        

 

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