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No princípio, Hashem cria todo o universo, incluindo o
tempo, do nada. Este processo de criação
continua por 6 dias. No sétimo dia, Hashem
descansa, criando assim o universo espiritual de Shabat, que nos acompanha a
cada 7 dias. Adam e Chava - o casal
humano - são colocados no Gan (Jardim do) Éden.
Chava é seduzida pela serpente a comer da fruta proibida da “Árvore da
Sabedoria do bem e do mal”, dando este fruto também a Adam. Transcorrendo em erro, Adam e Chava se tornam
incapazes de permanecer no paraíso espiritual do Éden. Morte e trabalho duro (tanto físico como
espiritual) entram no mundo, junto com a dor de parto. Aqui começa o trabalho de corrigir o pecado
de Adam e Chava, que será o tema da história do mundo. Caim e Hevel, os primeiros dois filhos de
Adam e Chava, trazem oferendas a Hashem.
Hevel oferece o melhor de seu rebanho e sua oferenda é aceita, mas Caim oferece o pior de suas sementes e
sua oferenda é rejeitada. Na briga que
surge por isto, Caim mata a Hevel e é condenado a perambular pela terra. A Torá traz a genealogia de Adam e Chava até
o nascimento de Noach (Noé). Depois da
morte de Shet, a humanidade submerge em maldade e Hashem decide eliminar o
Homem em um dilúvio que vai inundar o mundo.
Contudo, um homem – Noach –
encontra graça aos olhos de Hashem.
Nessa primeira
porção da Torá é relatada a criação do mundo desde suas origens. A Torá nos
conta sobre a criação dos seres vivos, peixes, aves e demais animais e nos
descreve a essência do nosso corpo e a deles. Daqui
aprendemos que os animais foram criados da terra e portanto esta é sua
essência.
Também o homem provém da terra, mas com uma diferença, sua companheira, a mulher. Ela não foi criada da terra como uma criatura própria e independente, senão que foi criada do corpo do homem. Nisto vemos a intenção do Criador em nos mostrar que não é a mesma coisa a escolha de uma companheira no homem e no animal. Um animal se une a qualquer companheira que esteja em sua frente, e toda a fêmea pertencente à sua espécie lhe é permitida. Não faz sentido dizer que esta vaca é esposa daquele touro.
Mas isso não acontece com o ser humano. A companheira não só pertence à sua espécie, como também é sua esposa, algo intrínseco que foi instituído no seis dias da criação - ao criar o Todo Poderoso a mulher do mesmo corpo que o homem.
Baseado
no Or HaChaim ao Chumash
"No princípio de D’us ter criado os céus e a terra " (Bereshit, 1:1)
A Torá
não é um livro de história. É o manual de instrução para o mundo, escrito pelo
Criador do universo.
Se
isso é verdadeiro, porque a Torá não começa com as instruções do Criador sobre
a santificação da lua no Livro de Shemot – primeira mitzvá do Povo Judeu
como povo? Mas ao invés disso, em todo o Livro Bereshit a Torá
identifica o Criador e sua conexão com o Povo Judeu.
Rashi,
responde a pergunta acima no seu comentário sobre essas primeiras palavras da
Torá. Ele explica que se as nações do mundo alegarem: "Vocês são
ladrões! Vocês roubaram a terra das sete nações de Canaan!"; então o
Povo Judeu poderá mostrar o Livro de Bereshit e dizer: "Todo o
mundo pertence a Hashem. Ele o criou e o presenteou para quem lhe pareceu que
merecia. Ele decidiu dar Eretz Israel para eles, e Ele decidiu tirá-la deles e
dar para nós".
É
claro que tal explicação só é aceita com a crença de que a Torá é a palavra
Divina. Porém, as nações do mundo não parecem estar com pressa em aceitar a
Torá.
Certamente
eles podem dizer que não tem obrigação de honrar uma posse baseada num
argumento “egocêntrico”!
A
resposta é que não esperamos que o mundo aceite a Torá como autêntica, pois
eles nunca estiveram no Monte Sinai, e não tiveram o benefício de transmissão
contínua da Torá de geração para geração. Porém, nós devemos saber que nosso
direito á Eretz Israel vem do Criador do universo, e nossa prova disso é
Sua Torá. Rabino
Nachman Bulman
"Vamos criar o homem em Nossa imagem, semelhante a
nós..." (Bereshit, 1:26)
Como
o homem pode ser criado "em Nossa imagem"? Que possível
comparação pode ser feita entre Hashem e o homem? Hashem é o "pintor"
e o homem é a "pintura". Como a pintura pode parecer com o pintor?
Todos
os animais da criação percebem o mundo através de seus sentidos. Eles conhecem
apenas o que vêem, cheiram, escutam, tocam e provam. Seu mundo é limitado a percepção imediata. O homem é diferente. A palavra
hebraica para homem é Adam, que vem do radical "dimion",
imaginação.
A
essência do homem, de acordo com seu nome, a qualidade que o define, é sua
imaginação. O homem pode se elevar acima da mera percepção física e viajar para
as fronteiras do tempo e espaço em sua mente. Apenas o homem pode analisar e
extrapolar o que percebe e compara.
Essa
é a diferença entre o homem e seu Criador. D’us disse "Vamos fazer o
homem..." com o poder de imaginação para se estender em pensamento,
alcançando lugares aonde nada existiu previamente.
Por
outro lado, uma das razões da Torá utilizar o plural "Vamos
criar o homem..." é para nos ensinar a lição que todo
ser humano é obrigado a ser um parceiro no processo contínuo de criação – que
ele se torne merecedor do objetivo e da finalidade da criação. Por isso a criação
conclui especificamente com o homem – para indicar que ele é o "fim"
da criação - sua finalidade.
Portanto,
também é necessário que o homem aperfeiçoe não apenas suas ações, mas também
seu corpo. A mitzvá de Brit Milá (circuncisão) indica que o homem,
ao se tornar um parceiro na sua própria perfeição física e espiritual,
compartilhe na perfeição do mundo.
Baseado nas palavras do Rav Moshe Feinstein
"Porém teu desejo será para teu marido, e ele te
dominará " (Bereshit, 3:16)
O
Talmud (Bava Metzia, 59a) nos diz que quando um homem honra a sua
mulher, trás um bom presságio a sua conta bancária: vai ficar rico!
Se
pararmos para pensar no assunto, veremos que pela razão deveria ser ao
contrário. Ao honrar a nossa esposa com nosso cartão de crédito, dificilmente
nos inspirará riquezas...
Como
os sábios ensinam: “Hashem sempre nos recompensa, medida por medida”;
Quando o homem honra a sua mulher, diminui o castigo que foi decretado a ela
devido ao pecado de Adam e Chava "... e ele te dominará ".
Se
ele mitiga o castigo dela, ao não se comportar como um déspota, Hashem
mitiga o castigo dele: "com o suor de teu rosto ganharás teu
sustento".
Em
lugar de se matar trabalhando para ganhar a vida, Hashem lhe envia riquezas,
aliviando a quantidade de suor que faz falta para servir o assado de Shabat...
e teu cartão de crédito... intacto!
Em nome de Rav Mordechai Druck, ouvido da boca de Rav
Calev Gestetner
"Após um certo período, Caim trouxe um oferecimento
para Hashem do fruto da terra; e Hevel também ofereceu primogênitos de seu
rebanho" (Bereshit, 4:3)
Porque
a Torá proíbe vestir roupa feita com shatnez - mistura de linho e lã?
"O
fruto da terra" que Caim ofereceu para Hashem foi fibras de linho. Hevel
ofereceu lã do tosquio da ovelha. Quando Cain viu que Hashem rejeitou sua
oferenda, enquanto que a de Hevel foi aceita, ele teve inveja e raiva e matou
seu irmão.
Portanto,
de certa forma, a combinação de linho e lã "lembraria" Hashem que o
primeiro assassinato da história ocorreu como resultado desses oferecimentos.
Nós,
o povo de Hashem, não devemos lembrar violência e assassinato nem mesmo na
nossa forma de vestir.
Midrash Tanchuma
Pudim
de Mixirica
8 ovos ½ copo
de açúcar
2 mixiricas
(somente o suco) açúcar
para caramelar a forma
Preparo
Bata todos os ingredientes juntos no liquidificador,
exceto o açúcar para caramelar, por alguns minutos (mínimo de 5 min.).
Pegue uma forma pequena para Pudim. Caramele a forma.
Despeje a massa na forma e coloque para assar em “banho Maria” em forno médio por
1 hora.
Observação: se quiser usar uma forma maior, dobrar a receita.
"Crescei e multiplicai-vos"
(Bereshit, 1:28)
A crescente taxa de divórcio nos últimos anos é
assustadora. Embora a Torá preveja a dissolução de relacionamentos, jamais na
História Judaica houve um número tão grande de casamentos que se desfizeram.
Talvez o problema se origine nos objetivos primários
dos parceiros ao iniciarem um casamento. Na civilização ocidental, o chamado
"amor" tem sido aceito como a pedra fundamental do matrimônio.
Infelizmente, este "amor" muitas vezes refere-se a uma atração pelo
parceiro devido ao fato de que ele ou ela pode satisfazer as necessidades
físicas ou emocionais do outro. Se este objetivo primário não é conseguido
adequadamente, o cimento do matrimônio se desintegra, e fatores secundários
apenas não podem mantê-lo.
No passado, o foco principal de um casamento era o estabelecimento de uma família. De fato, a primeira mitzvá encontrada na Torá é: “Crescei e multiplicai-vos” (Bereshit, 1:28). Embora as necessidades físicas e emocionais fossem importantes, não eram primordiais, porém secundárias. Por isso, quando surgiam problemas desta natureza, o relacionamento era mantido pelas forças primárias de união, e aqueles problemas secundários podiam ser reformulados e resolvidos.